
Nasce o sol amarelo.
Diante dos olhos quase nada acontece.
O feno é ceifado.
A aldeia acorda tímida.
Os olhos alegres dos meninos
brincam de bolinha de gude.
Fenece a lua azul.
Diante dos olhos quase nada acontece.
O gado é recolhido,
o povo se esconde atrás da janela.
A aldeia acorda e dorme.
O povo vem e vai.
Diante dos olhos quase nada acontece.
O louco com sua rosa de plástico
anuncia a vinda da primavera.
Poema extraído do livro "Pequeno gafanhoto biografado", de Valdemir Klamt, de 2002, Editora Escrituras.
Mais sobre o autor:
http://www.poetasnosingular.com.br/page_poeta_valdemir.html
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